Agilidade: Uma Perspectiva de Adaptabilidade e Inovação
Publicado em
A agilidade, em meu ponto de vista, está intrinsecamente ligada à nossa capacidade de adaptação a diferentes contextos. Acredito que, ao evitar a rigidez de ideias e conceitos como verdades absolutas, proporcionamos à nossa mente a liberdade necessária para interpretar e escutar de forma precisa as diversas situações que encontramos. Essa abertura nos permite chegar às melhores soluções para desafios específicos em momentos distintos.
O extremismo conceitual e ideológico, em qualquer aspecto, nos afasta da posição de ouvintes ativos, comprometendo nossa presença, capacidade de aprendizado e colaboração. Defendemos, assim, posturas que raramente se aplicam universalmente a todas as situações, pessoas e empresas. Esse viés pode obstruir discussões produtivas, o desenvolvimento de estruturas ou processos organizacionais eficazes e até mesmo o nosso crescimento pessoal, impedindo o avanço na jornada de inovação que a agilidade propõe.
Para mim, a simplicidade é a essência da agilidade. No mundo empresarial, essa noção se torna ainda mais relevante. Vivemos em uma era de transformações constantes, onde a complexidade e a profundidade analítica excessivas podem se tornar obstáculos, seja pelo custo ou pela obsolescência precoce das soluções encontradas. A simplicidade, portanto, não deve ser vista como um aumento de risco, mas como uma estratégia eficaz para navegar nesse contexto dinâmico.
Isso nos leva a entender a importância de transformar nossa visão de longo prazo em uma jornada composta por pequenos passos. Estes, embora não necessariamente lineares, devem ser direcionados e interconectados, guiados por fatores chave que asseguram o sucesso.
Quais são, então, esses fatores cruciais?
Foco em Resultados: A clareza nos objetivos é vital, despertando o senso crítico e tornando cada um de nós protagonistas de nossas ações. Esse foco garante o alinhamento e a coesão nas metas empresariais.
Processo de Governança Adequado: O monitoramento eficaz dos resultados, com a frequência, o fórum e os indicadores corretos, assegura a produtividade das discussões e das rotinas de acompanhamento, facilitando um aprendizado contínuo e oportuno.
Flexibilidade Estrutural: Adaptar a estrutura organizacional às necessidades emergentes é essencial. Promover equipes multidisciplinares, seja por especialidade ou oportunidade, e integrar essa flexibilidade ao desenho organizacional e aos resultados esperados, afasta as limitações de modelos tradicionais.
Visão Holística do Processo: É fundamental ter um time ou indivíduos dedicados a observar o panorama geral, garantindo que a mudança de modelo mental, comportamental e estrutural ocorra de forma sustentável, com direcionamento e apoio constantes.
A verdadeira agilidade exige que tanto as empresas quanto os indivíduos se libertem de restrições que limitam a capacidade de movimento e pensamento. É preciso eliminar as amarras, os vieses e as preocupações que tornam nossas ações custosas, lentas e desprovidas de inovação. Assim, abrimos caminho para uma trajetória de sucesso, adaptabilidade e crescimento contínuo.
Referências Bibliográficas:
Bud, Bud Way of Work (2023). "O Método Bud de Modernização do Trabalho". Acesso em 31/01/2024 de https://getbud.co/2024/pt/bud-way-of-work.
Sull, D., & Sull, C. (2023). "Four Logics of Corporate Strategy." MIT Sloan Management Review. Acesso em 01/02/2024 de https://sloanreview.mit.edu/article/four-logics-of-corporate-strategy/ .
Ancona, D., & Isaacs, K. (2023). "Why Distributed Leadership Is the Future." MIT Sloan Management Review. Acesso em 02/02/2024 de https://mitsloan.mit.edu/ideas-made-to-matter/why-distributed-leadership-future-management .
Simon, A., & Dery, K. (2023). "Agile at Scale, Explained." MIT Sloan Management Review. Acesso em 03/02/2024 de https://mitsloan.mit.edu/ideas-made-to-matter/agile-scale-explained .